segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

DISTÚRBIOS HEMODINÂMICOS

CHOQUES

Refere-se a um hipoperfusão sistêmica decorrente de uma redução do débito cardíaco ou do volume sanguíneo circulante efetivo.

OBS: perfusão: entrada lenta e contínua durante algumas horas ou alguns dias, de diversos líquidos na circulação sanguínea.
débito cardíaco: volume de sangue por minuto saído dos ventrículos.

Essa redução resulta em hipotensão, seguida de hipoperfusão tecidual e hipóxia celular.

CLASSIFICAÇÃO

É classificado em 5 categorias sendo que 3 principais (cardiogênico, hipovolêmico e séptico).

Choque Cardiogênico – consiste em débito cardíaco baixo, Insuficiência do miocárdio (infarto, embolia pulmonar, arritmias).

Choque Hipovolêmico - Perda de sangue e volume plasmático (Ex: hemorragia). Perda de líquidos (Ex: vômitos, diarréia, queimaduras graves).

Choque Séptico – É causado por infecções microbianas sistêmicas.
A maioria dos casos (70%) é causada por bacilos Gram-negativos que se manifestam por endotoxinas (choque endotóxico).
A conseqüente hipoperfusão causa falência sistêmica de múltiplos órgãos, afetando o fígado, os rins e o sistema nervoso central.

Choque Neurogênico – perda do tônus vascular (acidente anestésico ou lesão da medula espinhal (traumatismo raquimedular)).

Choque Anafilático - desencadeado por resposta de hipersensibilidade generalizada, mediada por IgE (associado a vasodilatação sistêmica e  da permeabilidade vascular), leva a hipotensão, hipoperfusão tecidual e anóxia.

Obs: anóxia – diminuição do volume de oxigênio ao nível dos tecidos e das células.


FASES DO CHOQUE

• Fase não progressiva inicial – durante a qual ocorre ativação das vias compensadoras reflexas (taquicardia, vasoconstrição periférica e conservação renal de líquidos), e a perfusão dos órgãos vitais (coração, cérebro) é mantida.

• Estágio progressivo – caracterizado por hipoperfusão tecidual, inicia-se desequilíbrios circulatórios e metabólicos (ex: acidose).

• Estágio irreversível – quando o organismo sofreu dano celular e tecidual tão grave a ponto de não ser possível a sobrevida.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

REPOSIÇÃO HORMONAL NO HOMEM

Reposição Hormonal no Homem: Testosterona e DHEA


José de Felippe Junior

O homem de um modo muito semelhante ao que ocorre com a mulher, passa por um período de sua vida onde ele sente o declínio de suas funções físicas, psíquicas e sexuais: é o climatério masculino. Este período de privação, ou de deficiência de hormônio androgênico (testosterona), geralmente passa despercebido para a maioria dos médicos não atentos ao problema porque não existe no homem um evento dramático , como acontece para a mulher : a última menstruação.
Entretanto, chega um momento que o homem sente que já não é o mesmo de antes ,e isto pode acontecer já aos 35 - 40 anos de idade ou após os 50 - 60 anos . Ele fica mais irritado, nervoso, esquecido ,aumenta a tendência à tristeza e à depressão, seu humor fica lábil, sente-se mais cansado, com falta de energia, menor disposição ,às vezes cai a libido e a potência, a ereção não é mais como antes. Diminuí a sua vontade de lutar e os empreendimentos de risco antes uma rotina, agora lhe causam temores. Sente-se mais susceptível ao meio onde vive, é menos agressivo nos negócios e menos impetuoso com as mulheres.

O seu corpo também sofre transformações exteriores e a primeira delas é o aumento de peso. Começa a engordar particularmente no abdome e a sua massa muscular diminui e fica mais flácida. Aparecem os primeiros vincos na face e as primeiras manchas no dorso das mãos e os cabelos ficam mais finos e sem brilho. Dores articulares, palpitações, dificuldades urinárias e hipertensão arterial podem acompanhar o quadro. É a época onde o colesterol e os triglicérides costumam aumentar, podendo aparecer também hipertensão arterial e intolerância à glicose: diabetes melittus.

É importante estarmos atentos para qualquer modificação de comportamento e para qualquer sinal ou sintoma físico nesta fase da vida, para podermos diagnosticar e tratar adequadamente o climatério masculino. É necessária uma maior compreensão do homem nesta fase, pois se por um lado o climatério é inevitável, sabemos muito bem que as suas conseqüências são perfeitamente evitáveis, através da reposição hormonal.

A reposição hormonal no homem se impõem neste período de vida tão importante e tão negligenciado , não só para manter a sua capacidade de trabalho como também para melhorar a sua qualidade de vida intelectual, social e sexual.

Entretanto antes de procedermos à reposição hormonal , devemos nos lembrar que este homem vivendo no planeta por 35 - 40 anos ou mais já teve a oportunidade de entrar em contato com inúmeras substancias estranhas ao organismo como os metais tóxicos, os agroquímicos e a extensa coleção de aditivos alimentares. Por exemplo, a intoxicação crônica pelo chumbo pode provocar: irritabilidade, ansiedade, depressão, diminuição da memória e da concentração, dores articulares e cansaço . O mercúrio pode provocar: falta de energia, tristeza, depressão, insônia, sonolência, instabilidade emocional e diminuição da memória. O alumínio provoca cansaço, fraqueza e diminuição da memória. Os aditivos alimentares e os agrotóxicos também podem provocar sintomas psíquicos e físicos como: irritabilidade, ansiedade, depressão, falta de disposição e aumento do cansaço físico e mental.

Desta forma torna-se imperioso afastar a presença destas substancias estranhas antes de se proceder à reposição hormonal.

Outro aspecto da maior relevância, porem, quase sempre esquecida pelos médicos em geral é o seguinte: as nossas células necessitam receber do meio externo 45 nutrientes essenciais para conseguirem produzir energia e fabricar proteínas, enzimas, e inclusive os hormônios.

Nesta fase da vida que estamos nos situando, 35 - 40 anos , as responsabilidades do homem são muito grandes. É grande a pressão da sociedade, é necessário abrir novos empreendimentos, recuperar-se de maus negócios ou simplesmente manter o emprego. Esta sobrecarga de trabalho e sobrecarga emocional do cotidiano, leva ao dispêndio de muita energia e por conseqüência maior quantidade de nutrientes são necessários ao organismo.

Estas substancias deveriam ser provenientes da dieta , porém geralmente as pessoas não se importam com a alimentação. Comem em qualquer lugar, qualquer coisa e depressa, sendo assim freqüente o déficit de vários tipos de nutrientes nesta fase da vida.

Portanto para essas pessoas é um contra senso, administrar o hormônio já pronto como primeira opção, pois nós podemos tentar fazer com que a célula o produza simplesmente fornecendo a elas a matéria prima necessária: nutrientes. Uma máquina por melhor e mais moderna que seja não conseguirá produzir se não lhe fornecermos a matéria prima adequada.

Concluímos assim que antes da reposição hormonal é necessário livrar o candidato dos metais e substâncias tóxicas e também é preciso repor os nutrientes essenciais que porventura estejam em falta.

Quando estivermos diante de um homem com os sinais e sintomas acima descritos, isento de metais e substancias tóxicas e com os seus 45 nutrientes essenciais em ordem e equilibrados é que procedemos à reposição hormonal androgênica.

Precisamos saber agora, qual a substancia a ser utilizada, a dose , a via de administração e o horário.

Sabemos que o principal androgênio é a testosterona, responsável pelas características sexuais primárias como a libido, a potência e a fertilidade e as secundárias como a virilização: musculatura, distribuição dos pêlos e o comportamento viril.

A hipófise produz LH , uma gonadotrofina que regula a produção de testosterona pelas células de Leydig do testículo, de uma forma circadiana: as maiores concentrações de testosterona no plasma acontecem às 8 horas e as menores às 21 horas. A maior parte da testosterona não está disponível biologicamente pois encontra-se ligada à albumina e a uma globulina carregadora específica a SHBG ( 30 - 40% ).Somente 1 a 2 % da testosterona está no plasma em sua forma livre.

É o hipotálamo que controla a produção de LH pela adenohipófise, através da secreção de LH - RH : fator liberador de gonadotrofinas. Tal secreção sofre influencias neurais de vários pontos ; assim o estimulo visual, olfativo, auditivo, do tato podem aumentar a liberação de LH - RH ,assim como os estímulos colinérgicos e adrenérgicos. Pelo contrário o estresse, a sobrecarga de trabalho, a sobrecarga emocional ,diminuem a secreção de LH - RH ,diminuem assim a produção de LH e conseqüentemente de testosterona.. O excesso de cortisol circulante possui a capacidade de inibir diretamente a secreção de LH.

Outro hormônio hipofisário que age sobre as células de Leydig é a prolactina. Ela favorece a entrada de lipídios nestas células e reforça a ação do LH na produção de testosterona. A prolatina também age sinergicamente com a testosterona no seu efeito anabolizante.

A hipófise produz outra gonadotrofina o FSH que regula a função das células de Sertoli, situadas nos tubos seminíferos do testículo e que produzem o líquido seminífero e grande variedade de proteínas reguladoras da espermatogênese.

Nos animais inferiores os testículos e os ovários são os únicos a fabricarem os hormônios sexuais, entretanto nos seres humanos e nos animais superiores esses orgãos não são os únicos produtores de androgênios e estrogênios. No homem quase 50% dos androgênios são sintetizados nas células dos tecidos periféricos alvo, a partir de precursores adrenais inativos: dehidroepiandrosterona (DHEA) e sulfato de dehidroepiandrosterona (DHEAs)

Nas mulheres no período pré menopausa 75% dos estrogênios são produzidos nos tecidos periféricos a partir do DHEA e na pós menopausa,100%.
Colesterol TESTOSTERONA 17BETA ESTRADIOL
Pregnenolona--> alfa hidroxipregnenolona-> DHEA-> ANDROSTENEDIONA-> ESTRONA
corticosterona cortisol
A formação de hormônios dentro das células dos tecidos alvo, mecanismo intrácrino, constitue-se em um sistema econômico para o organismo, porque requer quantidades mínimas de hormônio para exercer o máximo de função. A intracrinologia nos ensinou a buscar as deficiências hormonais nos sinais e sintomas dos tecidos periféricos alvo, pois devemos nos lembrar que, podem coexistir deficits hormonais periféricos com níveis séricos normais.

Conhecendo-se todos estes fatos fisiológicos, o parâmetro que agora necessitamos conhecer, antes da reposição hormonal é o nível sérico do DHEA sulfato, precursor dos androgênios e dos estrogênios.

É muito interessante saber que, o DHEA começa a ser secretado pela supra renal aos 8 - 10 anos de idade atingindo o zenite aos 20 - 30 anos ,fase da vida mais apropriada para a reprodução. E depois como se o organismo fosse descartável, uma vez cumprido o preceito biológico máximo da procriação, o DHEA começa a decrescer inexoravelmente 2% ao ano , atingindo aos 80 anos ,20% do seu valor máximo.

Este declínio do DHEA após os 30 anos, diminue a produição periférica dos hormônios sexuais tanto nos homens como nas mulheres e coincide com o aparecimento de doenças relacionadas com a idade como a obesidade, as doenças cardiovasculares, o câncer, o diabetes melittus, as alterações do sistema imune, as doenças reumáticas, as infecções virais e a depressão.

De uma maneira geral os níveis de DHEA sofrem uma queda antes do aparecimento de vários tipos de doenças, incluindo a infecção por HIV.

Estudos recentes, nos ensinaram uma forma fisiológica de aumentarmos os níveis de DHEA sulfato nos homens sem administra-lo por via exógena.

Verificou-se que a infusão aguda de insulina, reduz o nível sérico de DHEA sulfato e aumenta a sua depuração metabólica . Sabe-se que a insulina endógena inibe a produção de androgenos adrenais e a melhoria farmacológica sustentada da resistência periférica à insulina com redução da hiperinsulinemia aumenta o DHEA sulfato. Concomitantemente foram identificados na adrenal humana, receptores para a insulina e para o IGF-I ( insulin growth factor - I ),sugerindo que a adrenal é regulada pelos níveis circulantes de insulina.

Esta correlação inversa entre insulinemia e DHEA sulfato no homem, porem não na mulher, foi também constatada em estudos epidemiológicos onde verificou-se redução do DHEA sulfato em estados caracterizados por aumento da resistência à insulina e hiperinsulinemia: obesidade, hipertensão arterial e diabetes melittus não tratado. Alguns autores utilizam os níveis de DHEA sulfato como marcador de resistência à insulina no homem: nível reduzido indica resistência sub-clínica à insulina. Na literatura encontramos estudos sugerindo que o tratamento farmacológico precoce de homens com resistência à insulina , porém não diabéticos, diminui a probabilidade do aparecimento da obesidade, hipertensão e do diabetes melittus.

O DHEA sulfato aumenta quando a pessoa perde peso ou faz jejum. Drogas que melhoram a resistência periférica à insulina como o metformin e o benfluorex, provocam aumentos de até 50% dos níveis de DHEA sulfato , tanto nos diabéticos como nos não diabéticos e tanto nos homens jovens como nos idosos de 80 - 90 anos. O próprio exercício, aumentando a sensibilidade periférica à insulina ,o que provoca queda dos seus níveis, aumenta o DHEA sulfato no soro. Outras drogas como o diltiazen e a amlodipina , ambas bloqueadoras dos canais de cálcio, também aumentam o DHEA sérico. Devemos lembrar que os bloqueadores de cálcio aumentam o risco de morte súbita em hipertensos não coronarianos e também aumenta o risco de aparecimento de câncer por interferir na apoptose.

Estes trabalhos nos ensinam algo de muito valor : o declíneo do DHEA com a idade não pode ser considerado inexorável como havíamos escrito alguns parágrafos atrás, porque ele pode ser revertido. Se nós aumentarmos a sensibilidade dos tecidos à insulina ( exercício, emagrecer, metformin) e conseguirmos reduzir a sua concentração no sangue , poderemos provocar o aumento equilibrado do DHEA , isto é, o justo e necessário aumento do DHEA. Lembramos novamente que os efeitos da insulina é sexo dependente, isto é , ela não modifica os níveis de DHEA nas mulheres.

É importante salientarmos que um estilo de vida alegre, relaxado e sem estresse , associado ao exercício moderado, é uma das estratégias mais eficazes para aumentar a produção adrenal de DHEA.

REPOSIÇÃO DE DHEA NO HOMEM E NA MULHER
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A nossa pretensão está longe esgotarmos o assunto e apenas mostraremos indícios fortes na literatura médica sobre benefícios do DHEA. Yen, administrou 50 mg ,via oral à noite de DHEA a 13 homens e 17 mulheres de 40 - 70 anos e verificou que em 2 semanas restaurava-se os níveis encontrados nos jovens. Em 6 meses de administração contínua notou nas mulheres o dobro dos níveis de androstenediona, testosterona e dehidrotestosterona. Nos homens houve leve aumento da androstenediona. Muito importante foi o aumento da biodisponibilidade do IGF - I nos orgaõs alvo, em ambos os sexos. A maioria dos pacientes experimentou aumento do bem estar físico e psíquico. A sensibilidade periférica à insulina, a porcentagem de gordura e a libido não sofreram alterações. Não houve efeitos colaterais.

Em outro estudo, o mesmo autor administrou 100 mg de DHEA ,via oral ,à noite à 8 homens e 8 mulheres durante 1 ano. Nas mulheres quadriplicou os níveis de androstenediona, testosterona e de dehidrotestosterona e no homem dobrou o de androstenediona. Os níveis de SHBG , globulina carregadora de hormônios sexuais, sofreu uma queda de 50% nas mulheres e não se modificou nos homens. Isto explica o grande aumento de androgenos nas mulheres e o aparecimento de pêlos no rosto de uma delas. Os níveis de gonadotrofinas permaneceram inalterados. Houve aumento da biodisponibilidade do IGF - I , aumento da massa magra e aumento da força muscular nos homens e nas mulheres , e diminuição da gordura corporal nos homens. As mulheres deste estudo já eram magras.

Labrie, usou o DHEA em 15 mulheres com idade entre 60 - 70 anos na forma percutânea.: uma aplicação diária de creme a 10 % pela manhã ,por 12 meses.

Não houve perda de peso, porem a espessura do tecido subcutâneo reduziu em 10 % e houve aumento de massa magra. Notou ainda:11% de queda na glicemia de jejum juntamente com 17% de redução dos níveis circulantes de insulina. Houve aumento da biodisponibilidade do IGF - I , diminuição das globulinas carregadoras de hormônios sexuais e as gonadotrofinas não sofreram alterações. O colesterol sofreu leve diminuição. O aumento dos androgenos provocou 73% de aumento da secreção sebácea. Na pós menopausa a produção de sebo diminui e este estudo mostrou a surpreendente restauração da função das glândulas sebáceas pelo DHEA em mulheres de até 70 anos de idade.

É interessante notar que o apetite e a ingestão calórica não se modificaram durante o estudo de 1 ano e mesmo assim a massa gordurosa diminuiu , mostrando que além de sua transformação em androgeno ou estrogeno o DHEA pode exercer efeitos diretos no tecido adiposo e muscular. De fato em roedores o DHEA emagrece pois possue, efeito termogênico, diminue o volume das células adiposas e inibe a glucose 6 fosfato desidrogenase e a lipoproteino lipase ( inibe a lipogenese).

Administrado no curto período de 28 dias e na dose altíssima de 1600 mg ,consegue diminuir a massa gordurosa de mulheres obesas na pós menopausa e também nas mulheres jovens.

A ação estrogênica do DHEA percutâneo foi observado por citologia vaginal: ele aumenta a síntese de estrogeno no epitélio vaginal.

A vantagem do DHEA sobre a reposição com estrogeno é que ele estimula o epitelio vaginal sem a maléfica proliferação do endometrio. Na verdade ele provoca atrofia das glândulas endometriais em todas as mulheres após 12 meses de tratamento , diminuindo assim o problema do câncer de endometrio. A administração de DHEA a mulheres com mais de 60 anos , aumenta significantemente a massa óssea.

A conclusão de Yen e Labrie, dois dos maiores estudiosos desta área : "A reposição com DHEA é o meio mais seguro e eficaz na melhoria da saúde e da qualidade de vida durante o envelhecimento".

DOENÇA CARDIOVASCULAR
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Diminuição dos níveis de DHEA se correlaciona com infarto do miocardio e aumento do risco de morte por doença cardiovascular no homem , porém existe muita controvésia pelo seguinte fator complicador: o álcool e os cigarros aumentam os níveis de DHEA nos homens e nas mulheres.

Em animais de experimentação, sabe-se que o DHEA inibe a aterosclerose coronariana, diminue a formação de placas em aorta de coelhos e diminui o crescimento e a diferenciação de fibroblastos em cultura de tecidos.

Em 206 pacientes com idade ao redor de 50 anos , verificou-se que o DHEA era menor nos pacientes com maior número de coronárias com obstrução superior a 50%.

O DHEA inibe a agregação plaquetária "in vitro" e 'in vivo', fator importante na melhoria do prognóstico das doenças cardíacas em geral .


SISTEMA IMUNE / INFECÇÕES VIRAIS
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O DHEA possue efeito imunomodulador tanto "in vivo" como "in vitro" nas doenças virais , incluindo
o HIV.

Na pós menopausa já foi observado o seu efeito imunoestimulante : 50 mg via oral por dia provoca aumento da atividade das células Natural Killer em 3 semanas de tratamento.

Em seres humanos com lupus eritematoso disseminado, que receberam 200 mg de DHEA , verificou-se melhoria dos sintomas , redução da necessidade de glicocorticoide e restauração da produção de IL - 1 por linfocitos T "in vitro" .

No homem idoso saudavel,50 mg ,via oral à noite por 20 semanas , aumenta a biodisponibilidade do IGF - 1 , e aumenta a função dos linfocitos T e B e das células Natural Killer.

Os monocitos possuem receptores para o DHEA , os quais aumentam a produção de
IL - 1 ,fator de necrose tumoral e a atividade da oxido nitrico sintetase.

Baixos níveis de DHEA tem sido encontrado em pacientes com câncer de mama e de
próstata e o DHEA exerce uma atividade anti oncogênica em uma série de modelos experimentais.

DEPRESSÃO
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O DHEA é um esteróide neuroativo. Em roedores ele é neurotrófico, excitatório, neuromodulador, aumenta a memória e diminui a agressividade.

O DHEA administrado à noite em seres humanos, aumenta o sono REM , sem interferir com as outras fases . O aumento do sono paradoxal é benéfico para a saúde mental e esta relacionado ao aumento da memória nas pessoas idosas e também à melhora da depressão.

Os níveis basais de DHEA se correlaciona diretamente com a performance da memória verbal , semântica, e das funções automáticas.

Vários trabalhos têm mostrado que o DHEA melhora o humor, a energia, a libido, a memória e o bem estar físico e psíquico tanto de pacientes clínicos como psiquiátricos. Em 6 pacientes com depressão maior e DHEA baixo com idade entre 50 e 70 anos, foram administrados 30 a 90 mg de DHEA, procurando-se atingir os níveis encontrados nos jovens. Constatou-se melhora da memória verbal e grande diminuição dos sintomas depressivos. Após a retirado do hormônio, houve retorno ao estado psiquiátrico prévio em 2 a 3 meses. Em 82 pacientes deprimidos graves, encontrou-se DHEA matutino muito baixo ( < 0.2ng/ml) e cortisol vespertino alto ( >0.59ng/ml).


Referências Bibliográficas
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1-Bellino,FL et als:Dehydroepiandrosterona (DHEA) and Aging.Annals of the New york Academy of Sciences.Vol:774,1995.
2-Labrie,F.Intracrinology.Mol.Cell.Endocrinol.78:c113-c118,,1991.
3-Yen,SSC et al:Effects ofreplacement dose of DHEA in man and woman of advancing age.
J.Clin.Endocrinol.Metab.59:551-555.1994.
4- Livros textos de Clínica Médica e Endocrinologia.

TIREÓIDE X PESO

TIRÓIDE X PESO



Apesar do pequeno tamanho, a tireóide é um órgão muito importante no controle do organismo e funcionamento de todas as células do corpo. Esta pequena glândula realiza suas funções fabricando os hormônios conhecidos como tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) e secretando-os na corrente sangüínea. Entre as suas funções específicas, a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3), exercem

profunda influência no metabolismo ósseo e na manutenção da concentração de cálcio e fósforo do organismo.

A quantidade de hormônios tireoideanos que devem ser produzidos pela tireóide é controlada por uma outra glândula que se encontra no cérebro, chamada pituitária ou glândula hipófise que, por sua vez, é controlada pelo hipotálamo.


Hipotiroidismo

À medida que a concentração dos hormônios tireoideanos é reduzida no sangue o organismo funciona mais lentamente. Esta condição é caracterizada pelo hipotireoidismo. Como os hormônios da tireóide afetam praticamente todas as células do corpo, a diminuição na sua fabricação pode provocar uma grande variedade de queixas, tais como: cansaço, depressão, pele ressecada e amarelada, cabelos ásperos, unhas quebradiças, constipação intestinal, anemia, fadiga, perda do apetite, aumento de peso, períodos de menstruação irregular ou ausente, sonolência extrema, lentidão muscular, frequência cardíaca diminuída, lentidão mental, diminuição do crescimento do cabelo, alterações de voz e inchaços por todo corpo (mixidemas), hiperlipidemia, anemia e cãibras. Além disso, a deficiência de hormônio tireóideo diminui a excreção de colesterol pelo fígado, e com isso aumenta os níveis de colesterol sanguíneo.

Parece haver um consenso de que o hipotiroidismo seja mais freqüente no idoso, embora estudos de prevalência nesta faixa etária mostrem índices que variam de 0,4% a 3,8% nos homens e 0,7% a 11,6% nas mulheres. Alguns estudos encontraram níveis elevados de TSH em idosos, o que pode refletir uma prevalência maior de hipotiroidismo, e não uma alteração decorrente do processo de envelhecimento.

As causas do hipotiroidismo podem ser relacionadas à predisposição de origem genética, à ação de anticorpos contra o próprio organismo ou baixa ingestão de iodo (mineral essencial para produção de T3 e T4), entre outros fatores. O conteúdo de iodo na água, nos vegetais e demais elementos de origem animal, depende da quantidade do mesmo no solo e nas rochas da região de origem e, consequentemente, varia de área para área, dentro de um mesmo país. Assim, a deficiência nutricional de iodo é a causa mais freqüente de bócio no mundo, sendo um problema de Saúde Pública em 130 países, afetando 1,5 bilhão de pessoas ou 13% da população mundial.

No tratamento nutricional desta doença busca-se reduzir ou manter o peso (que é um dos sintomas mais comuns desta doença), regular o funcionamento intestinal, evitar o aumento do colesterol LDL sanguíneo e reduzir o inchaço. Além disso, recomenda-se consumir com moderação verduras crucíferas (tais como nabo, repolho, espinafre, couve, pêra e pêssego), pois estes parecem suprimir ainda mais o funcionamento da glândula.


Hipertiroidismo

Quando ocorre um aumento na concentração dos hormônios tireoideanos no sangue, o organismo trabalha de forma mais acelerado. Esta condição é caracterizada pelo hipertireoidismo. Os sinais e sintomas mais freqüentes desta condição são: nervosismo, aumento da sudorese, intolerância ao calor, palpitações, cansaço, perda de peso, diarréia, tremores, exoftalmia (olhos saltados), fraqueza muscular, insônia, entre outros. Esse processo resulta em um estado metabólico hiperativo no qual as funções do corpo, principalmente a digestão aumentam. Como consequência, ocorre má absorção de determinados nutrientes.

Esta é uma doença bastante grave que afeta substancialmente a qualidade de vida, principalmente quando ocorre em indivíduos de baixo nível socioeconômico e cultural. Incide, aproximadamente, 2% das mulheres e 0,25% dos homens. Os estudos populacionais em diferentes regiões mostram ocorrências que variam de 0,2% a 3% na população idosa. Um estudo intra-hospitalar encontrou incidência sete vezes maior de hipertiroidismo após 60 anos de idade.

Para o hipertiroidismo recomenda-se:

– ingerir maiores quantidades de brócolis, couve-de-bruxelas, repolho, couve-flor, couve, folhas de mostarda, pêssego, pêra, soja, espinafre, nabo, pois estes ajudam a suprimir a produção de hormônios da tireóide;

– evitar o consumo de alimentos estimulantes (chás, cafés, nicotina e refrigerantes), pois estes podem aumentar os sintomas desta doença, tais como palpitações e tremores;

– diminuir o consumo de fibras para evitar a diarréia, como também aumentar o consumo de água para repor as perdas sofridas por este sintoma;

– aumentar o consumo de alimentos na dieta, para suprimir as perdas sofridas devido a esta doença, o que, se não for adequadamente tratado, pode ocasionar uma perda de peso constante e progressiva.

O hipertireoidismo, por ser considerado fator de risco de osteoporose para a mulher, tem

despertado grande interesse no estudo do efeito de T3 e T4 sobre o metabolismo ósseo, mas pesquisas indicam que o hipotireoidismo também deve ser incriminado como fator de risco para a osteoporose. As pessoas que têm familiares com problemas na tireóide devem ficar atentas, pois são mais propensas a desenvolver estes distúrbios.

Desta forma, a qualquer sinal de alteração da tireóide procure um médico que lhe auxiliará na escolha do melhor tratamento para mudar este quadro.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Nutrição e Emagrecimento

PRODUÇÃO DE ENERGIA(como conseguimos a energia para exercitarmos)

O termo energia é simplesmente definido como a habilidade de fazer trabalho. Várias formas de trabalho físico e biológico requerem energia incluindo contrações dos músculos cardíacos e esqueléticos. Permitindo-nos movimentar, trabalhar e exercitar, além de permitir o crescimento de novos tecidos em crianças, recuperação de doenças em adultos, condução de impulsos elétricos que controlam o batimento cardíaco, liberar hormônios e contrair vasos sanguíneos. A energia para todas essas funções do corpo humano é adquirida através da energia solar. Essa energia precisa primeiramente ser transformada em energia química para depois ser utilizada pelo corpo humano. A transformação desta energia se inicia nas plantas verdes através da fotossíntese.

As plantas podem estocar e formar vários tipos de carboidratos, gorduras e proteínas. Os animais e seres humanos vão adquirir esta energia ingerindo os alimentos como "combustível" . Vegetarianos consomem esta energia em forma de alimentos naturais e plantas verdes e aqueles adéptos a carne adquirem uma porção dessa energia consumindo proteína, carboidrato e gordura estocados nas carnes dos animais. Essa energia consumida será revestida em trabalho biológico ou estocada nos tecidos adiposo, muscular , esquelético e fígado para ser utilizada posteriormente. De fato, os individuos usam ou estocam menos que a metade da energia que eles consomem do alimento. A energia que não foi utilizada ou perdida se dissipa em forma de calor.

Quando grandes quantidades de energia são liberadas durante o exercício, a energia utilizada para o calor é bastante para aumentar a temperatura corporal. A energia adquirida através dos alimentos, precisa ser transformada em um composto chamado trifosfato de adenosina (ATP) antes que possa ser aproveitada pelo organismo (WILLIAMS, 1995). O Corpo processa três tipos diferentes de sistema para a produção de energia.

Os sistemas se diferem consideravelmente em complexidade, regulação, capacidade, força e tipos de exercícios para cada um dos sistemas de energia predominantes. Cada um é utilizado de acordo com a intensidade e duração dos exercícios. Eles são classificados em: ATP- CP , Sistema Glicolítico (Lático) e o oxidativo (aeróbico). Segundo Verkhonsnanski, no livro Treinamento Desportivo, Cap. 3, página 41 (colaboração: Maurício Raddi): "(...) três mecanismos químicos (energéticos):- fosfagênico ou creatinofosfático- glicolítico ou lático- de oxidação ou de oxigênio"

O objetivo de cada sistema é liberar energia dos produtos químicos ou alimentos e transformá-las em ATP podendo assim ser utilizados nas contrações musculares e atividades físicas (AFAA, 1994).

ATP-CP

O sistema fosfagênio representa uma fonte imediata de energia para o músculo ativo. Atividades que exigem altos índices de energia durante breve período de tempo dependem basicamente, da geração de ATP a partir das reações enzimáticas do sistema. O ATP necessário à contração do músculo está disponível tão rapidamente, porque esse processo de geração de energia requer poucas reações químicas, não requer oxigênio e o ATP e o PC estão armazenados e disponíveis no músculo. Este é o processo menos complicado de gerar ATP. A fosfocreatina (PC) tem uma cadeia de fosfato de alta energia, como a do ATP, que também é chamada fosfagênio (daí o nome " sistema fosfagênio" ). O PC se decompõe na presença da enzima creatina fosfoquinase e a energia liberada é utilizada para formar o ATP, a partir do ADP .

PC >>>>> C + P + EnergiaP + Energia + ADP >>>>>> ATP

Esta reação enzimática “ligada bioquimicamente " continuará até que se esgotem os depósitos de fosfocreatina do músculo. O sistema ATP-CP fornece energia para as contrações, durante os primeiros segundos do exercício. (Manual do Profissional de Fitness Aquático, AEA, Shape, 2001).Segundo Verkhonsnanski, no livro Treinamento Desportivo, Cap. 3, página 42 (colaboração: Maurício Raddi): "(...) esse mecanismo não durará muito, isto é, cerca de 6-10 segundos, aproximadamente. Todos os desportos, segundo McARDLE e col.(1992), exigem a utilização dos fostatos de alta energia (ATP e CP), porém muitas atividades contam quase exclusivamente com esse meio para a trasferência de energia, ex: levantamento de peso, beisebol, voleibol, exigindo um esforço breve e máximo durante o desempenho.

GLICOLÍTICO

Esse sistema metabólico gera o ATP para necessidades energéticas intermediárias; ou seja, as que duram de 45 -90 segundos, tendo como exemplo atividades tipo: corridas de 400-800 m. , provas de natação de 100-200 m., também proporcionando energia para piques de alta intensidade no futebol, róquei no gelo, basquetebol, voleibol, tênis, badmington e outros esportes. O denominador comum dessas atividades é a sustentação de esforço de alta intensidade e não ultrapassam os dois minutos. A glicólise anaeróbica, assim como o sistema ATP-CP, não requer oxigênio e envolve a quebra incompleta do carboidrato em ácido lático. O corpo tranforma os carboidratos em açúcares simples, a "glicose", usada imediatamente ou depositada no fígado e no músculo, como glicogênio. A glicose anaeróbia refere-se à quebra do glicogênio na ausência do oxigênio. Esse processo é mais complicado quimicamente do que o sistema ATP-CP e requer uma série mais longa de reações químicas. O sistema ácido lático talvez seja bem mais lento do que o sistema fosfagênio, porém produz quantidades mais altas de ATP (3 contra 1 do sistema fosfagênio), com a formação do ácido lático, produto desse sistema, a produção pode nem chegar a 3. Quando o ácido lático chega ao músculo e ao sangue, provoca a fadiga ou, até, uma falência muscular. O sistema de ácido lático, ou glicose anaeróbia, não requer oxigênio; gera como subproduto o ácido lático, que causa fadiga muscular; usa somente carboidratos; e libera aproximadamente duas vezes mais ATP do que o sistema fosfagênico. (Manual do Profissional de Fitness Aquático, AEA, Shape, 2001). O sistema ácido lático também proporciona uma fonte rápida de energia, a glicose. Ele é a primeira fonte para sustentar exercícios de alta intensidade . O principal fator limitante na capacidade do sistema não é a depleção de energia mas o acúmulo de lactato no sangue. A maior capacidade de resistência ao ácido lático de um indivíduo é determinado pela habilidade de tolerar esse ácido. A principal fonte de energia desse sistema é o carboidrato (McARDLE et alii, 1992 ) .

AERÓBIO

Este sistema fornece uma quantidade substancial de ATP, utiliza o oxigênio para gerar o ATP e é ativado para produzir energia, durante períodos mais longos do exercício. Fornece energia para exercícios de intensidade baixa para moderada. Atividades como dormir, descançar, sentar,andar e outros. Quando a atividade vai se tornando um pouco mais intensa a produção de ATP fica por parte do sisrtema ácido lático e ATP-CP . Atividades mais intensas como caminhada, ciclismo,fazer compras e trabalho em escritório também são supridas em parte pelo sistema aeróbico, até que a intensidade atinja o nível moderado-alto (acima de 75%-85% da Frequência Cardíaca Máxima), depois é recrutado para suprir energia suplementar. Os melhores exemplos de exercícios que recrutam o sistema aeróbio são: aulas de aeróbica e hidroginástica de 40-60 min., corridas mais longas que 5000 m., natação (mais que 1500 m.), ciclismo (mais que 10 km.), caminhada e triathlon. Qualquer atividade sustentada continuamente em um mínimo de 5 min. pode ser considerada aeróbia. O ATP liberado da quebra da glicose e/ou dos ácidos graxos, em presença de O², custa centenas de reações químicas complexas, que envolvem centenas de enzimas. A quebra ocorre num compartimento especializado da célula muscular, a mitocôndria. As mitocôndrias são consideradas as "usinas energéticas" da célula e são capazes de fornecer grandes quantidades de ATP para alimentar as contrações musculares. O sistema aeróbio possui 3 fases. A quebra do glicogênio na presença do O², ou glicólise aneróbia, discutida acima, e a glicólise aeróbia é que o O² evita o acúmulo de ácido lático. O glicogênio e os ácidos graxos são duas principais fontes de combustível utlizadas no sistema metabólico aeróbio. Ocasionalmente a proteína pode ser também usada como fonte de combustível metabólico, mas ocorre quando o corpo está fisiologicamente desgastado por excessos, por dietas ou por níveis extremamente baixos de gordura e glicogênio. Em suma, o O² ou sistema metabólico aeróbio requer grande quantidade de O² para aconverter o glicogênio em 39 moléculas de ATP e os ácidos graxos, em 130 moléculas de ATP. O ácido graxo ou glicogênio são quebrados e preparados par ao ciclo de krebs e o transporte de elétrons e, como resultado do proceso, temos CO², H²O e energia. O CO² evapora; a água é eliminada através da evaporação e da radiação; e a energia é usada na segunda parte da reação ligada, para sintetizar o ATP. (Manual do Profissional de Fitness Aquático, AEA, Shape,
2001).

LIBERAÇÃO DE ENERGIA PELOS ALIMENTOS

Carboidrato : Sua função primária é fornecer energia para o trabalho celular , segundo McARDLE et alii (1983) . Ele é o único nutriente cuja energia armazenada pode ser usada para gerar ATP anaerobicamente,ou melhor ,são utilizadas nos exercícios vigorosos que requerem a liberação de energia rápida ( anaeróbicos ). Neste caso o glicogênio acumulado e a glicose sanguínea terão que fornecer maior parte de energia para a ressíntese de ATP. Em exercícios leves e moderados , os carboidratos atendem cerca de metade das necessidades energéticas do organismo. E são também necessários alguns carboidratos para que se processe nutrientes das gorduras e então sejam transformados em energia para os exercícios de longa duração ( aeróbicos ) .

Gordura: A gordura armazenada representa a fonte mais abundante de energia potencial. Essa fonte comparada aos outros nutrientes é quase ilimitada. Existe alguma gordura armazenada em todas as células , porém , seu maior fornecedor são os adipócitos - células gordurosas especializadas para a síntese e armazenamento de triglicerídeos - elas compreendem cerca de 90% das células . Depois que os ácidos graxos se difundem para dentro da circulação, eles são entregues aos tecidos ativos onde são removidos do tecido adiposo e assim são transferidos para os músculos ( particularmente as fibras de contração lenta ) onde a gordura é desintegrada e transformada em energia, dentro das mitocôndrias ,para poderem ser utilizadas como combustível. Dependendo do estado de nutrição, treinamento do indivíduo e duração da atividade física, de 30% `a 80% da energia para o trabalho biológico derivam das moléculas adiposas intra e extracelulares (McARDLE et alii , 1988 ) .

O QUE É UTILIZADO PRIMEIRO, A GORDURA OU O CARBOIDRATO?

Segundo AFAA (1992) , Esse tem sido um assunto de grande preocupação entre os estudiosos. Sob condições de repouso, os ácidos graxos livres estão disponíveis e proporcionam a primeira fonte de combustível, ou seja , o metabolismo de gordura se acelera enquanto o de carboidrato é inibido. Durante exercícios de intensidade moderada (com mais de 85 % da Frequência Cardíaca Máxima), súbitas mudanças são observadas no nível de excreção de certos hormônios. A excreção de adrenalina , por exemplo, se eleva ao mesmo tempo que é reduzido a excreção da insulina no organismo. Esses hormônios influenciam diretamente na taxa de utilização de gordura e carboidrato pelos músculos , de tal maneira que o metabolismo dessa gordura tenha predominância e tenda a se elevar com o trabalho prolongado. Ao se elevar a intensidade do exercício ( mais que 85% da F.C.M.) , ocorrem mudanças estimulam a inibição da utilização da gordura pelo organismo. O maior inibidor da gordura chama-se Ácido lático. Como resultado, o metabolismo da gordura é reduzido e o carboidrato se torna a fonte mais solicitada de energia sendo utilizada pelos sistemas ácido lático e aeróbico.

Proteínas: A proteína pode desempenhar um papel importante como substrato energético durante o exercício constante e treinamento pesado. Mas não é capaz de proporcionar mais que 10% à 15% da energia exigida na atividade , como o carboidrato e gordura . Para proporcionar energia, as proteínas são primeiro transformadas em aminoácidos de forma que possam penetrar prontamente nas vias para a liberação de energia através da remoção de nitrogênio dos ácidos graxos e assim serem transferidos para outros compostos. Dessa maneira, certos aminoácidos podem ser usados diretamente no músculo para obtenção de energia ( McARDLE et alii , 1992) .
1 MOL de carboidrato é capaz de produzir : 38 ATP1 MOL de gordura é capaz de produzir : 142 ATP1 MOL de proteína é capaz de produzir : 15 ATP

INTERRELAÇÃO ENTRE CARBOIDRATO, PROTEÍNA E GORDURA(Ficar sem comer é bom?)
Os carboidratos que não são utilizados - estão em excesso- fornecem fragmentos de glicerol e acetil para produção de gordura neutra. Um aspecto interessante é que a desintegração de ácidos graxos parece depender em parte de um certo nível prévio e contínuo de catabolismo de glicose.
Quando os níveis de carboidrato caem, é observado que os níveis de utilização da gordura também caem . É igualmente provável que haja um limite de velocidade para a utilização dos ácidos graxos pelo músculo ativo. Embora esse limite possa ser exacerbado pelo treinamento aeróbico e potência gerada pela desintegração das gorduras ,nunca parece ser igual àquela gerada pela combinação da desintegração tanto das gorduras quanto dos carboidratos.
Sendo assim quando o glicogênio muscular cai, a potência do músculo também cai. Reduzindo-se os carboidratos, como nos exercícios de longa duração (ex: a maratona), dietas de inanição ou dietas com eliminação de carboidratos e ricas em gorduras , ocorre como consequência uma limitação na capacidade de transferência de energia. Em casos de restrição extrema (dieta de inanição), os fragmentos de acetato produzidos na oxidação beta, começam a se acumular nos líquidos extracelulares por não serem utilizados pelo ciclo de Krebs. Eles são convertidos em corpos cetônicos , sendo parte deles excretados pela urina. Se a cetose persistir, a acidez corporal pode aumentar até níveis potencialmente tóxicos ( ex: mau hálito e acidez estomacal ) (WILLIAMS, 1995).

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Questionário de Duke

QUESTIONÁRIO DE DUKE (ACSM, 2003).

Questionário de DUKE
O questionário é composto de doze perguntas com seus respectivos pontos (peso). Soma dos pesos (pontos) das respostas “Sim” de cada pergunta e substitui na equação: Vo2pic(ml/kg/min) = 0,43 X DASI + 9,6 e acha o Vo2 de pico .
DASI = soma dos pontos

1.Você pode cuidar de si mesmo, isto é, comer, vestir-se, banhar-se ou utilizar o banheiro?
1 sim 2 não
2,75

2.Caminhar em ambientes internos, como em sua própria casa
1 sim 2 não
1,75

3. Caminhar por um ou dois quarteirões em terreno plano?
1 sim 2 não
2,75

4. Subir um lance de escada ou caminhar subindo uma colina?
1 sim 2 não
5,50

5.Correr percorrendo uma pequena distância?
1 sim 2 não
8,00

6.Realizar um trabalho leve na própria casa, como remover a poeira ou lavar os pratos?
1 sim 2 não
2,70

7.Realizar um trabalho moderado na própria casa, como passar o aspirador, varrer os assoalhos ou carregar mantimentos?
1 sim 2 não
3,50

8.Realizar um trabalho pesado na própria casa, como esfregar o assoalho ou levantar ou movimentar um móvel pesado?
1 sim 2 não
8,00

9.Realizar um trabalho no pátio, como remover folhas com um ancinho, capinar com um segador elétrico, ou empurrá-lo?
1 sim 2 não
4,50

10.Ter relações sexuais?
1 sim 2 não
5,25

11.Participar de atividades recreativas moderadas como golfe, boliche, dança dupla de tênis ou arremessar uma bola de beisebol ou de futebol americano?
1 sim 2 não
6,00

12.Participar de desportos extenuantes como natação, tênis individual, futebol americano, basquete ou esqui?
1 sim 2 não
7,50

sábado, 22 de novembro de 2008

Mulher e seus Hormônio

A arte de prescrever treinamento para mulheres entendendo seu comportamento hormonal e emocional durante o ciclo.

O objetivo deste artigo é estimular algumas reflexões sobre os hormônios humanos NUMA LINGUAGEM CLARA E DIVERTIDA para que mulheres e homens conheçam melhor a fisiologia e a bioquímica de seus corpos e como seu funcionamento é capaz de interferir em suas vidas pessoais, profissionais e sociais.
O conhecimento do seu corpo, suas emoções e seus papéis sociais será revelado neste ARTIGO, que mescla ciência, sensibilidade, conhecimento de fisiologia e experiência prática, com doses de sensibilidade e um aguçado senso crítico para traçar um perfil da mulher atual: inteligente, ativa, sensual e bem cuidada, mas dividida entre as velhas exigências sociais e seus novos papéis; entre o desejo de escrever a sua independência e os limites impostos por seus ciclos menstruais. Conflitos que podem aproximá-la da saúde ou da doença. E COMO ATRAVÉS DA ATIVIDADE FÍSICA A MULHER PODE TER BENEFÍCIOS ENTENDENDO SEU CÍCLO. Depende da forma como ela os administra.
Sem o autoconhecimento de como é importante a harmonia entre o Intelectual, o Emocional e o Hormonal, muitas mulheres podem estar contribuindo para tornar sua vida mais difícil...
Antes de fazermos uma viajem no universo feminino, teremos que ter um breve conhecimento sobre alguns conceitos fisiológicos:
HORMÔNIOS
Nada se sabia sobre os hormônios até que o neurologista e endocrinologista francês Charles Édouard Brown-Séquard (1817 – 1894) demonstrou que as adrenais, a tiróide, o pâncreas, o fígado, o baço e os rins produziam substâncias microscópicas que entravam na circulação sanguínea para exercer suas ações em locais distantes no organismo. Mais tarde, essas substâncias foram chamadas de hormônios.
Para melhor entendimento, consideraremos toda substância hormonal como um mensageiro bioquímico que parte de seu local de origem (uma glândula ou conjunto de células com capacidade de produzi-lo), através da corrente sanguínea, em direção a algum tecido ou célula que necessite de sua ação. Ele interfere na função de outro órgão para manter seu equilíbrio ou executar uma tarefa específica. Assim o hormônio é produzido com uma determinada meta ou alvo para preservar, manter, modificar e melhorar o ser humano.
Para entendermos qual o efeito dos hormônios sobre a razão e a emoção, devemos diferenciar dois fatos importantes. O primeiro é que o cérebro está constantemente mergulhado em hormônios. O segundo fato é a diferença física e biológica entre os gêneros. No homem essa imersão é composta basicamente de androgênios (hormônios que determinam a masculinidade), como a Testosterona. Na mulher, esse “banho” hormonal é mais variado e depende da faze do ciclo em que ela se encontra:
Na infância, predominam os ESTRÓGENOS em BAIXOS NÍVEIS ATÉ A PUBERDADE. Daí em diante, há em níveis crescentes de estrógenos até o aparecimento da PROGESTERONA, que determina a PRIMEIRA MENSTRUAÇÃO.
Durante a ADOLESCÊNCIA, ainda em ciclos irregulares, ESTRÓGENOS e PROGESTERONA existem como na vida adulta, porém OSCILAM MÊS A MÊS devido a uma certa imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovariano.
Na PRIMEIRA DÉCADA DE VIDA, eixo NEUROENDÓCRINO ( sistema nervoso/hormonal), que CONTROLA AS FUNÇÕES FEMININAS, ESTÁ INATIVO a um “freio” estabelecido pela região do cérebro chamada hipotálamo.
Com a chegada da PUBERDADE, o FREIO É DESATIVADO e o eixo hipotálamo/hipófise/ovário torna-se ativo. Os estrogênios não influenciam somente os órgãos reprodutores, mas AFETAM a MEMÓRIA, a COGNIÇÃO, a ORGANIZAÇÃO e EXPRESSÃO DOS RITMOS BIOLÓGICOS E PSICOLÓGICOS típicos da feminilidade.
É na idade adulta, ou menacme, fase que se segue à adolescência, entre os 21 e 41 anos, que o ciclo de hormônios é mais complexo e segue a seguinte seqüência:
Nos primeiros 15 dias do ciclo – ESTROGÊNIOS;
NA OVULAÇÃO – ESTROGÊNIOS E ANDROGÊNIOS;
Nos 15 dias depois da ovulação – progesterona;
Na gravidez – progesterona, em níveis que se elevam até o final da gestação
Na amamentação – será comandada pela progesterona e prolactina produzida pela hipófise sob estímulo da sucção e contato com o bebê recém nascido.

MENSTRUAÇÃO:
Acredito que quando Deus criou a mulher foi com o intuito de perpetuar a espécie. E para isso criou o ciclo menstrual preparando-a para o momento mágico da FECUNDAÇÂO. Mas se ela não cumpre cada fase do ciclo ele castiga...
Observe o que acontece em cada fase e tire as suas conclusões.
Conheça seu comportamento hormonal, emocional e corporal, tire vantagem das alterações que acontecem todo mês e saiba quais os exercícios físicos mais indicados em cada fase do ciclo.
MENSTRUAÇÃO, conhecido como CICLO MENSTRUAL, está relacionado ao SOBE e DESCE dos HORMÔNIOS, que INTERFERE em vários aspectos da VIDA DA MULHER - inclusive na APARÊNCIA. CABELOS, PELE e UNHAS sofrem modificações diárias e muitas delas são INFLUENCIADAS pelas várias ETAPAS DO CICLO. Até mesmo o HUMOR e DISPOSIÇÃO estão suscetíveis ao delicado desequilíbrio. O ciclo menstrual dura em média 28 dias, mas pode estender-se até 35.Quando um estágio está concluído ele passa automaticamente para o seguinte. Durante as três fases que o compõem, o CÉREBRO e os OVÁRIOS trocam mensagens por meio dos hormônios e esse “relacionamento” precisa ser o mais harmonioso possível para proporcionar a ovulação e a preparação do útero para a gravidez, assim como resultar no fluxo menstrual quando o óvulo não é fecundado.
Importante: a questão das alterações que você vai ver comentadas logo abaixo, está dentro dos padrões considerados normais e se aplicam somente às mulheres que NÃO usam ANTICONCEPCIONAL à base de hormônios. As MUDANÇAS do CORPO FEMININO em CADA UMA DAS FASES são avaliadas a partir do PRIMEIRO dia da MENSTRUAÇÃO, levando em conta um ciclo de 28 dias.
Para entendermos esse processo vamos analisar cada fase do ciclo e como a mulher se comporta nas mesmas.1. Fase pré-ovulatória ou menstrual (1º ao 10º dia) Como a gravidez não foi concretizada, o ovário cessa a produção hormonal e a camada interna do útero é expelida naturalmente. Nesse período, a mulher perde cerca de 150 ml de sangue, o que não compromete sua saúde. A VAGINA, no entanto, FICA MENOS ÁCIDA, FACILITANDO O CRECIMENTO DE GERMES - portanto, ATENÇÃO REDOBRADA com a HIGIENE nessa fase, na qual O RISCO DE ENGRAVIDAR diminui. Acompanhe várias características desse período e o que você deve fazer em prol da sua beleza e bem-estar.

É nessa fase que o ORGANISMO FEMININO FICA FELIZ , pois, segundo, Dr. Eliezer Berenstein, em seu livro A INTELIGENCIA HORMONAL DA MULHER, EDITORA , Objetiva. A mulher passa a liberar ESTROGÊNIOS( estrdiol E2) que é produzido principalmente, e não somente, nos OVÁRIOS.
Nesse período, conduzida pela atividade de seu estrógeno, a mulher busca ser mais FEMININA, ATRENTE, SENSUAL. Possui o que chamamos de atitude psicoativa competidora. Sua atividade mais imperiosa É SOCIAL, PÚBLICA. EXPÕE-SE, ATRAI, SEDUZ, CONDUZ, SENSUALIZA. Freqüenta mais a ACADEMIA e os SALÕES de BELEZA, PRATICA MAIS ESPORTES, BUSCA O APRIMORAMENTO DE SEU CORPO e a ACENTUAÇÃO DO SEU CHARME. Sua CAPACIDADE de ATRAIR aumenta a partir do dia de sua menstruação até o dia da ovulação, em que ocorre o pico dos ESTROGÊNIOS, é a explosão da FEMINILIDADE, justamente para atrair o companheiro.
Torna a mulher hipersensível a odores, perfumes, flores,sons e cores. É romântica, sonhadora, seu erotismo está à flor da pele. Tem pouco apetite, MUITA DISPOSIÇÃO e utiliza lucidez e a racionalidade a favor da COMPETIÇÃO e da CONQUISTA.
Além de tudo isso, abaixo listamos outro sinais nessa fase do ciclo:
CESSA a RETENÇÃO DE LÍQUIDOS
LOGO CESSA TAMBÉM DORES OU INCHAÇOS E CÓLICAS CAUSADAS PELA RETENÇÃO LÍQUIDA NO ORGANISMO.
SENSAÇÃO DE LEVEZA
MELHORA NO HUMOR
RINS E INTESTINOS PASSAM A FUNCIONAR MELHOR
AUMENTO DO DESEMPENHO EM TODAS AS TAREFAS
VIGILÂNCIA
FICA MAIS VAIDOSA E POR ISSO SE ENFEITA E TAMBÉM GASTA MAIS NAS LOJAS E COM COSMÉTICOS.
Obs: Recomendo aos maridos que nesse período escondam seus cartões de créditos.
Como vocês podem ver, todos esses benefícios foram criados por DEUS para que a mulher nessa fase se sinta ATRAENTE, SEDUTORA, QUERIDA, IRRESISTIVEL e PODEROSA para atrair o HOMEM. Mas se esse homem não percebe essas mudanças, Deus ajuda mais um pouco, e na próxima fase do ciclo...

2. Fase ovulatória (10º ao 19º dia) Nessa etapa, cuja duração é de aproximadamente cinco dias, a hipófise (glândula situada no cérebro que regula muitos processos hormonais) ordena ao útero que torne seu revestimento mais espesso, preparando-o para a chegada de um óvulo maduro que poderá ou não ser fecundado. Portanto, quem não quiser engravidar precisa ficar ligada, pois estará no momento mais fértil de todo o ciclo.

Nessa etapa, acontecem mais algumas mudanças no estado HORMONAL E EMOCIONAL da mulher, fazendo com que ela, além de ESTROGÊNIOS, produza também o hormônio TESTOSTERONA que é um hormônio masculino produzido pelos testículos e pelas mulheres nas glândulas supra-renais e ovários, é um hormônio ativador, que promove a AGRECIVIDADE, AUTOCONFIANÇA, BEM ESTAR, OTIMISMO, COMPETIÇÃO e CONQUISTA. Ferramentas necessárias para que ela possa tomar a iniciativa se o HOMEM não o fizer.
É, sobretudo, durante a ovulação que os hormônios atingem seu auge: o estrogênio, por exemplo, chega ao nível máximo no 14º dia. A produção de TESTOSTERONA (hormônio masculino) também tem início. Tudo isso explica por que as mulheres se sentem mais bonitas, atraentes e dispostas ao sexo nesse dado momento do mês. É simples: a natureza as torna mais sensuais para garantir a continuidade da espécie. Para ficar ainda mais receptivo aos espermatozóides, o corpo feminino fabrica uma quantidade maior de secreção, cuja consistência é parecida com a de uma clara de ovo. Utilizar-se de todo o seu poder de sedução.

É NESSAS DUAS FASES DO CICLO QUE A MULHER SE ENCONTRA PREDISPOSTA E PREPARADA TANTO EMOCIONAL, QUANTO HORMONAL, PARA A REALIZAÇÃO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS DE FORÇA E DE EXERCÍCIOS AERÓBICOS DE ALTA INTENSIDAE QUANTO OU ALTOS VOLUMES DE TREINO.
OBJETIVANDO UMA MELHOR PERFOMANCE, SEM MUITO ESTRESSE DURANTE OS EXERCÍCIOS.

3. Fase pós-ovulatória (20º ao 28º dia)

Se na fase ovulatória a mulher não cumpre com o seu propósito, ou seja, não se deixa fecundar, DEUS castiga e faz com que organismo dela produza o hormônio PROGESTERONA que vai aumentando verticalmente e com isso promovendo uma mudança no seu comportamento tanto emocional, quanto corporal fazendo desta forma com que seu CABELO FIQUE IGUAL A UMA PALHA, sua PELE OPACA e igual a uma LIXA, sua VAIDADE desaparece ao ponto de vestir-se com uma camisa folgada, amarra os cabelos com qualquer coisa, fica mais CASEIRA, sente muito SONO, aumenta a RETENÇÃO de líquido e por isso fica INCHADA, sente DOR DE CABEÇA, CÓLICAS e num determinado momento desaparece a mulher e aparece o “MONSTRO” TPM : De acordo com especialistas, o que está por trás da síndrome é o desequilíbrio entre o ESTRGÊNIO, que nessa fase despenca, e a PROGESTERONA que aumenta verticalmente.Percebendo que já não são necessários os seus serviços para alimentar o óvulo, o útero começa novamente o processo de eliminação do seu revestimento. No fim desse período A MULHER menstruará mais uma vez e um novo ciclo recomeçará. É quando SURGE O MAL-ESTAR FÍSICO E EMOCIONAL próprio da tensão pré-menstrual (TPM), que aparece aproximadamente de uma a duas semanas antes da menstruação e atinge cerca de 90% das mulheres entre os 14 e os 50 anos. Por isso a MULHER parece tão nervosa!
ESSES “MONSTROS” (TPM) são conhecidos e descritos de quatro tipos:
TIPO A (ANSIEDADE)
ANSIOSA
APRESSADA
AGITADA
INSTABILIDADE DE HUMOR
AGRESSIVA

TIPO C (COMPULSÃO POR COMIDA)
COMPULSÃO ALIMENTAR ESPECIALMENTE POR DOCES
CHOCOLATES.
TIPO D( DEPRESSÃO)
DEPRESSIVA NOS 15 DIAS QUE ANTECEDEM A MENSTRUAÇÃO
TIPO H (HÍDRICO)
OCORRÊNCIA DE INCHAÇOS NOS SEIOS, DEIXANDO AS MAMAS EXTREMAMENTE DOLORIDAS;
DORES DE CABEÇA;
DORES MUSCULARES



NESSA FASE DO CICLO ONDE A MULHER SE ENCONTRA PRJUDICADA TANTO EMOCIONAL, QUANTO HORMONAL, TORNA-SE NECESSÁRIO REALIZAR EXERCÍCIOS FÍSICOS DE BAIXO VOLUME DE TREINO E BAIXA INTENSIDADE .
OBJETIVANDO UMA MELHORA DE SUAS FUNÇÕES FISIOLÓGICAS E, PROMOVENDO UM MÍNIMO DE ESTRESSE DURANTE OS EXERCÍCIOS.

“Espero ter podido contribuir com algumas informações sobre como identificar as fases, comportamento hormonal e emocional durante o ciclo menstrual para otimizar os exercícios na mulher.”
Nunca se esqueçam de que as mulheres são regidas pelos hormônios, que controlam o ciclo menstrual. Portanto todo o cuidado é pouco, pois vocês poderão encontrar não a mulher e sim O “MONSTRO”.

PROFESSOR JOSÉ CARLOS GALLO
Site : www.gallpersonal.com.br
e-mail: carlos.gallo@uol.com.br